Museu da Colonização Alemã
Para você que está de passeio pela cidade, não pode perder uma incrível visita ao museu da colonização Alemã. Conheça em Domingos Martins um museu construído por objetos e memórias de imigrantes alemães.
Sediado na Casa de Cultura, um edifício de 1915, o Museu da Colonização Alemã presta homenagem aos imigrantes alemães e pomeranos que chegaram a Domingos Martins, cidade capixaba, no séc. XX.
Preservar a tradição
Com o objetivo de preservar a tradição alemã na cidade, o acervo apresenta uma diversidade de peças que reconstroem a identidade cultural dos imigrantes e seus descendentes, como uma cartilha pela qual as crianças aprendiam a ler e a escrever em alemão – livros doados por muitas famílias da região, com destaque para as bíblias. Uma de 1903 e ainda em escrita gótica alemã.
Para além das bíblias, o visitante poderá ver vários livros, como “O médico caseiro e guia para uma boa saúde” de 1925, usado por Nikolaus Velten, para curar em casa, pessoas acometidas com a febre amarela, muito comum no período da colonização.
Descubra alguns costumes a serem desvendados no Museu
No museu é possível ver algumas coisas um tanto insólitas nos dias atuais, como por exemplo, que casar de preto era algo totalmente normal e que inclusive foi moda entre noivas pomeranas. Além disso, era possível ver crianças sendo batizadas com essa cor bem no começo do século XX.
Outra curiosidade do local é uma xícara bastante clássica usada para não sujar o bigode… Mas como assim? Simples, a mesma possui uma proteção na borda que protege a área do bigode dos homens.
Música e gastronomia: gramofone e chucrute
Telefones antigos, em tempo de internet, levam-nos a questionar como funcionavam as ligações naquele tempo. O primeiro telefone de discar só chegou em Domingos Martins em 1972. O gramafone, peça de relíquia, tem um valor inestimável por ser uma herança dos primeiros colonos: uma alternativa para quem quisesse ouvir música naquele tempo.
Os instrumentos de metais são parte importante do acervo, por ser uma tradição do povo germânico, existindo, ainda hoje na cidade, várias bandas de sopro.
Para além da música, a gastronomia também é retratada no museu, como a máquina de fazer waffle e o ralador de chucrute, um dos pratos mais conhecidos da gastronomia alemã, que vieram na bagagem dos primeiros colonos.
“Hunsruck” e primeira mulher paraquedista
Com o advento da 2.ª Guerra Mundial, as tradições alemãs foram sendo esquecidas e o Museu da Colonização Alemã desempenha um papel fundamental no resgate da cultura alemã, como a preservação do “Hunsruck”, um dialeto de origem germânica, ensinado no museu para que seja transmitido para futuras gerações.
Para além de fotografias das origens do município e de seus primeiros habitantes, chama a atenção por sua originalidade, imagens de Rosa Schorling, antiga moradora de Domingos Martins e a primeira paraquedista do Brasil.
Encontro de culturas
Uma sala dedicada aos objetos do cotidiano dos primeiros imigrantes e habitantes de Domingos Martins confirma um encontro de culturas que formam, hoje, a sociedade do município situado a 52 km de Vitória, capital do Espírito Santo.
Exemplo disso é o encontro entre as religiões católica e luterana retratado pelo acervo do museu com peças vindas da Colônia de Santa Isabel, colônia católica, como o antigo confessionário e o local onde está o museu, a colônia luterana.
Vale à pena conhecer!
O Museu da Colonização Alemã situa-se na Avenida Presidente Vargas, 531, Sede.
- Funciona de terça a sexta-feira de 8h às 11h30 – 13h às 17h
- Sábado, domingo e feriados: das 10h às 16h.
Fonte da Imagem ilustrativa: capixabaquersairdecasa.blogspot.com
